O mau tempo do dia 15 de Fevereiro obrigou a que o roteiro da visita de estudo arranjado pelo curso de gestão do Ambiente fosse um pouco alterado. O roteiro passou a incluir como ponto de paragem um lugar classificado como uma das 7 Maravilhas de Portugal; a sugestão foi visitar as famosas grutas de Mira de Aire.
Num primeiro contacto tímido, mas de grande curiosidade, as turmas do 1º e do 2º ano do curso Técnico de Gestão do Ambiente – curso este que engloba um vasto leque de disciplinas ligadas às boas práticas ambientais, como por exemplo Conservação da Natureza, Ordenamento do Território, Biologia e Geologia etc…- da escola Profissional Agrícola Conde de S.Bento foram entrando para dentro daquilo que é a maior gruta do país.
É a maior gruta turística de Portugal com mais de 11 quilómetros de extensão conhecidos, apenas 600 metros estão abertos ao público. A profundidade máxima da visita é de 110 metros. Foi descoberta por quatro habitantes da vila de Mira de Aire que desceram para procurar água e só foi aberta ao público uns anos mais tarde.
Lá dentro a chuva cai, não das nuvens, mas, das pedras húmidas. A água infiltra-se nas fendas do calcário e escorre até á gruta onde depois se precipita para o chão da mesma. No seu interior a temperatura é amena todo o ano permitindo assim, mesmo em tempo de muito frio, que esta permaneça desejavel de se visitar. Da entrada até ao fim do percurso existem inúmeras escadas que proporcionam a oportunidade de que muitos ansiavam para conhecer o interior da terra, esta descida é feita na companhia de luzes e formas que espantam mesmo os menos admiráveis.
A gruta no seu todo, para além de ser um pólo turístico é também um pólo científico, sendo a visita acompanhada por pesquisadores ligados à geologia que lhe descobrem as entranhas e desvendam nomes para caracterizar as bizarras formas que são encontradas pelo caminho fora.
Do tecto da gruta descem estalactites, nascidas dos minerais dissolvidos na água que se infiltra na rocha, são esses mesmos minerais que fazem crescer as estalactites, o que sobra, pinga no chão e dá vida a outra estrutura cavernícola, as estalagmites. Estas crescem de baixo para cima, no entanto o processo é mais lento do que o das estalactites, à média de um milímetro por século.
A vida animal também é comum. Há registos de aranhas e enguias que foram avistadas por turistas. No entanto são pouco frequentes.
A aposta do curso nesta visita foi um mais-valia – “O espanto e excitação, não faltaram, gostei muito.”- afirmação proferida por um dos elementos do curso do 3º ano que não hesitou em expressar a sua opinião, que, no geral foi idêntica.
Por André Antunes (3º B), em Ciência Hoje Serra de Aire, um autêntico queijo suíço
um texto muito bom mas com um pequeno erro
ResponderEliminarsao os 2º e 3º ano de gestao de ambiente