Enxofre sustenta vida nos Oceanos!
As fontes hidrotermais foram descobertas em 1977 por investigadores, no rifte das galapagos no Oceano Pacífico ao largo do Equador. Até hoje tem sido alvo de estudo por possuir uma extraordinária fauna, invulgar, que chama a atenção dos cientistas pela sua forma de viver. Este facto é-nos relatado na página do projecto de campo de censos da vida marinha (ChEss).
O fundo do mar continua a ser um grande ponto de interrogação, apesar de já terem sido dados passos importantes para a sua exploração. Durante 80 anos os biólogos têm aceite que a vida começou numa ‘sopa primordial’ de moléculas orgânicas, antes de evoluir para fora dos oceanos, milhões de anos mais tarde. A teoria da ‘sopa primordial’ é agora contestada, com base no facto da energia química da Terra, procedente das fontes hidrotermais oceânicas poder ser o primeiro impulso para a vida. A origem da vida viria das profundezas e não da superfície, sendo a energia solar importante, num segundo momento, para a realização da fotossíntese, mas não no primeiro, para a formação dos elementos químicos percursores da vida.
As fontes hidrotermais localizam-se em lugares onde a água do mar se infiltra pelas fendas da crosta recém-formada normalmente em zonas de rifte. Esta água é aquecida á medida que vai descendo podendo alcançar os 350º C. Quando não consegue descer mais retoma o seu caminho para a superficie trazendo consigo calor e substâncias dissolovidas como os sulforetos que lhe conferem a cor negra que sai das chaminés de alguns tipos destas fontes. As fontes aparecem em profundidade, muito abaixo do nivel médio das águas do mar. Os seres vivos que habitam este lugar são independentes da luz solar e desenvolvem-se em torno de substâncias que para nós são tóxicas, como o enxofre ou o metano. Este material é utilizado por bactérias, através de um processo designado por quimiossintese, para produzir matéria orgânica que serve de base às cadeias tróficas existentes nas profundezas oceânicas. Muitas destas bactérias vivem em simbiose com animais que vivem aparentemente sem oxigénio e é por isso que intrigam tanto os biologos e cientistas. Mais de 300 espécies, de diferentes grupos de animais, foram encontradas nas fontes hidrotermais. Muitas são exclusivas destes ecossistemas e não poderiam existir fora deles. Em Portugal foi noticiada pelo jornal Público a 30-09-2009 a descoberta de uma nova fonte hidrotermal ao largo dos Açores pela missão científica internacional que decorreu na Cordilheira Médio Atlântica, a bordo do navio de investigação francês ‘Pourquoi Pas’, do Instituto IFREMER. Estamos no início desta aventura. Quanto mais teremos para descobrir no nosso planeta, numa época em que muitos pensávamos que só no Espaço extraterrestre poderíamos encontrar coisas novas. Nas últimas duas décadas foram realizadas inúmeras descobertas associadas a estes centros de actividade que estão a mudar significativamente a nossa compreensão sobre a vida nos fundos marinhos, levantando novas questões sobre a biodiversidade marinha e sobre a própria origem da vida.
As fontes hidrotermais foram descobertas em 1977 por investigadores, no rifte das galapagos no Oceano Pacífico ao largo do Equador. Até hoje tem sido alvo de estudo por possuir uma extraordinária fauna, invulgar, que chama a atenção dos cientistas pela sua forma de viver. Este facto é-nos relatado na página do projecto de campo de censos da vida marinha (ChEss).
O fundo do mar continua a ser um grande ponto de interrogação, apesar de já terem sido dados passos importantes para a sua exploração. Durante 80 anos os biólogos têm aceite que a vida começou numa ‘sopa primordial’ de moléculas orgânicas, antes de evoluir para fora dos oceanos, milhões de anos mais tarde. A teoria da ‘sopa primordial’ é agora contestada, com base no facto da energia química da Terra, procedente das fontes hidrotermais oceânicas poder ser o primeiro impulso para a vida. A origem da vida viria das profundezas e não da superfície, sendo a energia solar importante, num segundo momento, para a realização da fotossíntese, mas não no primeiro, para a formação dos elementos químicos percursores da vida.
As fontes hidrotermais localizam-se em lugares onde a água do mar se infiltra pelas fendas da crosta recém-formada normalmente em zonas de rifte. Esta água é aquecida á medida que vai descendo podendo alcançar os 350º C. Quando não consegue descer mais retoma o seu caminho para a superficie trazendo consigo calor e substâncias dissolovidas como os sulforetos que lhe conferem a cor negra que sai das chaminés de alguns tipos destas fontes. As fontes aparecem em profundidade, muito abaixo do nivel médio das águas do mar. Os seres vivos que habitam este lugar são independentes da luz solar e desenvolvem-se em torno de substâncias que para nós são tóxicas, como o enxofre ou o metano. Este material é utilizado por bactérias, através de um processo designado por quimiossintese, para produzir matéria orgânica que serve de base às cadeias tróficas existentes nas profundezas oceânicas. Muitas destas bactérias vivem em simbiose com animais que vivem aparentemente sem oxigénio e é por isso que intrigam tanto os biologos e cientistas. Mais de 300 espécies, de diferentes grupos de animais, foram encontradas nas fontes hidrotermais. Muitas são exclusivas destes ecossistemas e não poderiam existir fora deles. Em Portugal foi noticiada pelo jornal Público a 30-09-2009 a descoberta de uma nova fonte hidrotermal ao largo dos Açores pela missão científica internacional que decorreu na Cordilheira Médio Atlântica, a bordo do navio de investigação francês ‘Pourquoi Pas’, do Instituto IFREMER. Estamos no início desta aventura. Quanto mais teremos para descobrir no nosso planeta, numa época em que muitos pensávamos que só no Espaço extraterrestre poderíamos encontrar coisas novas. Nas últimas duas décadas foram realizadas inúmeras descobertas associadas a estes centros de actividade que estão a mudar significativamente a nossa compreensão sobre a vida nos fundos marinhos, levantando novas questões sobre a biodiversidade marinha e sobre a própria origem da vida.
André Antunes (3ºB)
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